Projeto: Reciclando Matéria Orgânica Com a Construção do Minhocário

Profº Arnildo Rohenkohl
Profª Rosecler Pinheiro do Amaral
Profª Valéria Soares Rodrigues

     Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Rui Barbosa foi construído um minhocário proposto para o concurso Projetos Ambientais Escolares de 2013, organizado pelo Conselho Municipal Do Meio Ambiente. Participam do projeto 50 alunos do 4º ano a 8ª série.

Construção do minhocário. 

     Por que um minhocário? A minhoca é um animal invertebrado, que possui o corpo longo formado por alguns anéis. A criação de minhocas em cativeiro, também conhecida como Minhocultura ou Vermicompostagem, é uma zootecnologia conhecida no Brasil há 20 anos e tem a finalidade de produzir /extrair o precioso adubo (Húmus) produzido por ela, além, é claro, da multiplicação contínua da própria minhoca.

     O Húmus é o excremento da minhoca, ou seja, as fezes propriamente ditas, porém, sem cheiro, sem moscas. O húmus é o único adubo orgânico completo de Micro e Macronutrientes, que são necessários para o desenvolvimento ideal das plantas.

      As minhocas também ajudam a aumentar a quantidade de ar e água que fica no solo. Elas quebram a matéria orgânica, como folhas, grama, casca de frutas e verduras em nutrientes que as plantas podem usar. Quando elas comem, processam a matéria orgânica num tipo muito valioso de fertilizante. Elas também ajudam a “virar” o solo, trazendo a matéria orgânica de cima e misturando-a com o solo abaixo, ao mesmo tempo que deixam o solo mais aerado.

Minhocas.

     As minhocas se alimentam de material úmido como restos de vegetais, talos não utilizados, cascas de frutas e legumes, podas de plantas do jardim, flores estragadas, restos de alimentos como cascas e talos de verduras, legumes e frutas, que são excelentes fontes de nitrogênio. E material seco como folhas secas de árvores e plantas, grama cortada seca, guardanapos de papel usados, papel toalha, jornal, serragem, etc.

Material sendo adicionado. 

      O que garante uma boa decomposição, sem gerar cheiro ruim nem atrair insetos, é o correto balanceamento entre o úmido (nitrogênio) e o seco (carbono). Todos estes materias estão disponíveis na escola. Restos vegetais como talos não utilizados, cascas de frutas e legumes, restos de alimentos como cascas e talos de verduras, legumes e frutas são provenientes da cozinha. Antes da construção do minhocário o destino destes restos era o lixo orgânico recolhido pela prefeitura e em consequência o aterro sanitário do lixão municipal.

     O material seco como folhas secas de árvores e plantas, grama cortada seca, guardanapos de papel usados, papel toalha, jornal, caixas de papelão, sobras de papel dos trabalhos dos alunos na sala de aula, também existe em boa quantidade na escola, sendo necessário um trabalho de cooperação que envolve desde as serventes responsáveis pela limpeza, cozinheiras, professores, alunos e administração com ações simples como instalação de lixeiras nas salas de aulas para recolhimento do lixo seletivamente o que já acontecia, mas agora tem destino certo: o MINHOCÁRIO.

Papéis, restos de poda e folhas.

     Temos observado um interesse, no princípio curiosidade, por parte de todos os envolvidos nesse projeto, pois se presencia de forma real a reciclagem acontecendo, a quantidade de lixo orgânico sendo reduzido e transformado em adubo para as hortaliças que são plantadas na escola e que esses mesmos alunos, professores e funcionários consomem como alimento.

Horta.

     A escola sempre pensou em sustentabilidade e desta forma percebemos que a construção do minhocário era uma necessidade que tínhamos para a concretização da nossa práxis (teoria e prática).

     Salientamos que toda a produção da horta é destinada exclusivamente ao consumo da nossa comunidade escolar, o que faz com que sejamos incentivados cada dia mais a procurar maneiras de enriquecer nossa horta e torná-la autosustentável, por isso se justifica o projeto do minhocário.